Existe tanto por dizer e eu simplesmente nĆ£o sei por onde devo comeƧar. As palavras morrem na minha garganta sem que as possa dirigir a ti. Os meus gritos mudos morrem cercados por estas quatro paredes cinzentas. O meu coraĆ§Ć£o sofre por nĆ£o te poder amar livremente. O meu corpo definha por nĆ£o sentir o calor do teu. A minha face deseja poder encostar-se ao teu peito, num abraƧo sem palavras onde os sentimentos falassem por nĆ³s, onde a saudade fosse mais forte que todas as acƧƵes que nos separaram. Os teus braƧos fortes iam apertar-me contra ti, prometendo silenciosamente agarrar-me para sempre. Ias sorrir-me e eu saberia que haverĆamos de arranjar uma soluĆ§Ć£o. Porque se tu acreditasses, eu acreditava. Porque se tu quisesses, eu nĆ£o pensava duas vezes. Porque se me sorrisses, eu ia voltar ao nosso primeiro encontro e o meu estĆ“mago ia encher-se das mais rebeldes borboletas. IrĆamos estar outra vez no SĆ£o Pedro abraƧados desajeitadamente, sonhando com o primeiro beijo. Irias mexer-me n