Sinto-me ridícula. Pensei que tudo fosse uma questão de amor. Pensei que fosse uma questão de saudades. Mas há medida que o tempo passa apercebo-me que foi uma questão de facilidade. Que te bastou estalar os dedos para eu estar ali para ti. Que bastou uma palavra tua para teres tudo o que quisesses de mim. Sou tão parva, credo! Achei realmente que tinha significado alguma coisa para ti. Que eu tinha importância, que não querias que eu continuasse fora da tua vida. Vejo agora que eu não podia ser mais indiferente para ti. Inventei desculpas para a tua distância, para as conversas que acabavam sem resposta. Achei que precisavas de tempo, de espaço. Mas como é que não vi que tu só não precisas é de mim? E o problema é que, de alguma forma, quis acreditar que te tinha realmente tocado. Que o nosso amor tinha sido verdadeiro, embora complicado. Quis acreditar que o teu coração se sentia apertado quando ouves o meu nome. Que nas noites sem dormir roubo os teus pensamentos. Quis, como tudo