Acho que a
única coisa que há a fazer é ralhar comigo mesma pelo quão fui ingénua.
Deixo-me levar pelas palavras que desejo ouvir, mesmo quando todas as tuas atitudes
indicam as mentiras escondidas por trás da tua voz. Acredito em ti mesmo quando
toda a gente me avisa que não o devo fazer. Ignoro boatos, ignoro verdades, só
te ouço a ti. Enches os meus ouvidos com a melodia da tua voz e é tudo o que
quero ouvir! E isso, oh, isso é um problema tão grande. É exactamente por essa
minha insistência em ser tão tua que me encontro nesta situação. Sinceramente,
eu tentei com todas as minhas forças, lutei o máximo que pude contra isto. Mas
o que posso fazer agora que estou completamente apaixonada? Caí em ti como se
fosses um poço sem escada, afundei-me na maravilha do teu sorriso, no toque dos
teus dedos. Apaixonei-me por todos aqueles nossos pequenos momentos roubados
nas festas, pelas raras vezes em que foste meu. Mesmo contra todas as
impossibilidades quis acreditar que ia resultar. Era eu contra o que sentias
pelo teu passado, contra a distância, contra todas as raparigas que se metiam
contigo. Quis-me crer capaz de ganhar. Achei-me REALMENTE capaz de vencer tão
estúpida batalha. E no que me meti eu agora? Num amor não correspondido, um
amor que me tira a vontade de dormir, que me faz desesperar por pedaços por ti.
Como é que posso aceitar que tu simplesmente não tenhas vontade de falar
comigo? Que queiras espaço de mim? Tenho tanto medo do que está a acontecer na
tua vida enquanto te dou o que pediste. Estou apavorada com a possibilidade de
estares a aproximar-te de outra rapariga ou, talvez, das mesmas com quem juraste
já não falar. Toda a nossa história foi resumida a nada. Eu não sou nada e,
durante todo este tempo, achei que ia resultar verdadeiramente. Estupidamente,
quis-me acreditar diferente. Tinha tantas esperanças em nós.
É estranho. Estranho o modo como parecendo tão bem, me sinto paralelamente tão vazia. Tento encontrar palavras para o descrever mas apenas existe um vazio. Procuro desesperadamente agir normalmente, não falar nisso, não pensar no assunto, esquecer-te. Mas quanto mais se procura esquecer, mais fácil é lembrarmo-nos. E isso está a acabar comigo. Não quero lembrar-me de uma mentira tão bem orquestrada por ti. Não quero sequer relembrar o modo como sempre acreditei em tudo o que dizias sem sequer pôr em causa. A mentira estava diante de mim e eu decidi acolhê-la, fechar os olhos à verdade e perdoar sempre. Escolhi-te todas as vezes para no fim acabares a escolher outra. Ridículo, não? Ao mesmo tempo, não há ninguém que queira ouvir o que tenho a dizer sobre ti. Todos, mesmo todos, me avisaram. E, neste momento, o esperado de mim seria já ter esquecido. Mas apesar de ter sido só mais um dos teus casos amorosos, eu escolhi-te como meu único. E eu sinto que perdi alguém que realmente gosta
Doi muito quando queremos tanto alguém e não podemos concretizar esse desejo. Nesses momentos só queremos que o passado tivesse durado mais um instante porque julgamos que o saberíamos aproveitar como nunca... A maior força, doi muito, mas tu vais conseguir ultrapassar.
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