Acho que a
única coisa que há a fazer é ralhar comigo mesma pelo quão fui ingénua.
Deixo-me levar pelas palavras que desejo ouvir, mesmo quando todas as tuas atitudes
indicam as mentiras escondidas por trás da tua voz. Acredito em ti mesmo quando
toda a gente me avisa que não o devo fazer. Ignoro boatos, ignoro verdades, só
te ouço a ti. Enches os meus ouvidos com a melodia da tua voz e é tudo o que
quero ouvir! E isso, oh, isso é um problema tão grande. É exactamente por essa
minha insistência em ser tão tua que me encontro nesta situação. Sinceramente,
eu tentei com todas as minhas forças, lutei o máximo que pude contra isto. Mas
o que posso fazer agora que estou completamente apaixonada? Caí em ti como se
fosses um poço sem escada, afundei-me na maravilha do teu sorriso, no toque dos
teus dedos. Apaixonei-me por todos aqueles nossos pequenos momentos roubados
nas festas, pelas raras vezes em que foste meu. Mesmo contra todas as
impossibilidades quis acreditar que ia resultar. Era eu contra o que sentias
pelo teu passado, contra a distância, contra todas as raparigas que se metiam
contigo. Quis-me crer capaz de ganhar. Achei-me REALMENTE capaz de vencer tão
estúpida batalha. E no que me meti eu agora? Num amor não correspondido, um
amor que me tira a vontade de dormir, que me faz desesperar por pedaços por ti.
Como é que posso aceitar que tu simplesmente não tenhas vontade de falar
comigo? Que queiras espaço de mim? Tenho tanto medo do que está a acontecer na
tua vida enquanto te dou o que pediste. Estou apavorada com a possibilidade de
estares a aproximar-te de outra rapariga ou, talvez, das mesmas com quem juraste
já não falar. Toda a nossa história foi resumida a nada. Eu não sou nada e,
durante todo este tempo, achei que ia resultar verdadeiramente. Estupidamente,
quis-me acreditar diferente. Tinha tantas esperanças em nós.
Qu ando te pergunto porque é que tudo está diferente, tu respondes: “porque mudámos”. Mas eu não quero uma mudança, apenas quero tudo como antigamente. Quero poder desabafar e obter como resposta algo que eu já esperava que dissesses, quero que me compreendas como antes compreendias, quero ficar feliz quando falo contigo, sei lá, quero tanto. “És a melhor das melhores!”, lembraste? Disseste-mo há uns meses atrás e não o voltaste a dizer. Oh, mas eu quero que digas, quero que mo relembres todos os dias. Já reparaste no mesmo que eu? A nossa amizade já não é tão forte como antes, deixou de ser impossível de destruir. Agora é algo fraco, algo que se pode desmoronar apenas com o vento. Ultimamente escondes-me tantas coisas… É normal ser a última a saber algo que me devias ter contado logo de inicio? E, porque é que já não te lamentas? Gosto de te ouvir, gosto de te dar conselhos. Sei que não estás bem, mas não me falas nisso. Ouve, lá porque a tua nova amiga tam...
Doi muito quando queremos tanto alguém e não podemos concretizar esse desejo. Nesses momentos só queremos que o passado tivesse durado mais um instante porque julgamos que o saberíamos aproveitar como nunca... A maior força, doi muito, mas tu vais conseguir ultrapassar.
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