Nasceu do
improvável, do acaso. Ninguém apostava em nós e decididamente ninguém
acreditava que pudesses ser certo para mim. Foi um beijo no verdade ou
consequência. Insistência por parte dos teus amigos. Conversas pela madrugada dentro. As idas ao ginásio. Aquelas noites a dançar juntos no São Pedro. Finalmente
começaram os pequenos toques. O primeiro beijo. Aquelas demonstrações de
carinho em frente aos teus amigos. E, por fim, o pedido de namoro por que ninguém
esperava. E eu só espero que tudo continue assim ou melhor ainda. Porque foda-se, estou tão apaixonada.
É estranho. Estranho o modo como parecendo tão bem, me sinto paralelamente tão vazia. Tento encontrar palavras para o descrever mas apenas existe um vazio. Procuro desesperadamente agir normalmente, não falar nisso, não pensar no assunto, esquecer-te. Mas quanto mais se procura esquecer, mais fácil é lembrarmo-nos. E isso está a acabar comigo. Não quero lembrar-me de uma mentira tão bem orquestrada por ti. Não quero sequer relembrar o modo como sempre acreditei em tudo o que dizias sem sequer pôr em causa. A mentira estava diante de mim e eu decidi acolhê-la, fechar os olhos à verdade e perdoar sempre. Escolhi-te todas as vezes para no fim acabares a escolher outra. Ridículo, não? Ao mesmo tempo, não há ninguém que queira ouvir o que tenho a dizer sobre ti. Todos, mesmo todos, me avisaram. E, neste momento, o esperado de mim seria já ter esquecido. Mas apesar de ter sido só mais um dos teus casos amorosos, eu escolhi-te como meu único. E eu sinto que perdi alguém que realmente gosta
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