Foda-se. Que vontade de escrever e sem sequer perceber como é possível explicar tais sentimentos. Sinto-me a perder toda a
sanidade existente em mim, os meus pensamentos coerentes fogem como folhas
levadas pelo vento. Quero-te e não quero esperar mais para te ter. Sinto uma
necessidade urgente de ti, uma saudade incontrolável. E, pela primeira vez,
finalmente sinto que talvez este estado seja recíproco. Desde aquela quarta
feira, desde aquela conversa, desde aquele desabafo no teu twitter. Desde que
soube que tens saudades minhas, és tudo aquilo em que consigo pensar. Após dois
intermináveis meses em que tudo fiz para te apagar, assomas à minha superfície.
És como uma boia a navegar sobre a mais escura das marés. Tento nadar contra
todas as ondas mas ambos sabemos que nadar nunca foi o meu forte. Tento
aproximar-me de ti mas a ondulação continua a levar-te para longe. E quando
penso que te toquei, voltas a fugir da minha vista. Onde estás? Quero-te aqui e
quero-te já. Desejo saciar as minhas saudades, beijar-te ferozmente. Roubar dos
teus lábios o sempre presente trago do teu cigarro. Tento ser paciente, esperar
que venhas a mim de livre vontade. Mas será que vens? E é essa a pergunta que
me intriga, que me assombra, que revolve o meu interior. Espero, espero,
espero, espero! Uma eterna espera que parece nunca mais acabar. Cada segundo
que passa prolonga o meu sofrimento, aumenta as minhas inseguranças. E eu odeio
estar incerta! Quero revirar o teu interior, sondar os teus olhos numa busca
pelo que sentes. Quero ler a voz por detrás das tuas palavras. Quero
recordar-te qual é a sensação do meu toque, de te ter nos meus braços. Quero
pedir mil desculpas porque, no fundo, sei que nunca te soube ter. Quero que me
peças mil desculpas porque, no fundo, nunca me soubeste ter. Quero
transbordar-te com a minha alma, ao invés de tentar colá-la a umas simples
palavras num papel. O que é que são palavras quando podia demonstrar-te com um
simples toque? Quero tanto que me procures que me perco. Mergulho de cabeça num
mar de possibilidades quando talvez tudo seja impossível. Não me desiludas, não
desta vez. Espero por ti, espero por este encontro. Espero por uma noite no
cinema, sentada ao teu lado. Não como no passado, mas sim num novo início.
Espero deliciar-me com o teu sorriso encantador e fraquejar ao sentir o teu
cheiro. Espero que encontres em mim tudo aquilo que sempre gostaste e espero
que possamos aprender a amar também aquilo que sempre odiámos. Espero por um
novo primeiro beijo, roubado quando não estiver à espera. Espero por ti mas, se desta vez não vieres, prometo não voltar a correr atrás.
Qu ando te pergunto porque é que tudo está diferente, tu respondes: “porque mudámos”. Mas eu não quero uma mudança, apenas quero tudo como antigamente. Quero poder desabafar e obter como resposta algo que eu já esperava que dissesses, quero que me compreendas como antes compreendias, quero ficar feliz quando falo contigo, sei lá, quero tanto. “És a melhor das melhores!”, lembraste? Disseste-mo há uns meses atrás e não o voltaste a dizer. Oh, mas eu quero que digas, quero que mo relembres todos os dias. Já reparaste no mesmo que eu? A nossa amizade já não é tão forte como antes, deixou de ser impossível de destruir. Agora é algo fraco, algo que se pode desmoronar apenas com o vento. Ultimamente escondes-me tantas coisas… É normal ser a última a saber algo que me devias ter contado logo de inicio? E, porque é que já não te lamentas? Gosto de te ouvir, gosto de te dar conselhos. Sei que não estás bem, mas não me falas nisso. Ouve, lá porque a tua nova amiga tam...
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