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Quinta-feira.

Tenho vergonha em admitir que ver-te abalou todas as minhas certezas. Nunca diria a ninguém que verifiquei o telemóvel a noite inteira na esperança de que te sentisses um pouco perdido como eu. Tentei esconder o facto de não conseguir tirar os olhos de ti. Esforcei-me por chamar a razão, por me relembrar o quanto me magoei contigo... Mas a razão nunca me deu ouvidos no que toca a ti. Irónico é que precisei de vários meses para te expulsar do meu pensamento mas bastou uma noite para ocupares a minha cabeça de madrugada. E como nunca o diria a ninguém, escrevo-o aqui, onde o meu segredo ficará a salvo.

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Não sei ao certo o que escrever. Sinto que não sei nada. Ou melhor, sinto que sei mas quem me dera estar errada! O tempo continua a passar e tu estás cada vez mais distante. És uma miragem no deserto, um desejo inalcançável. E eu continuo à tua espera, tal como em todos os textos anteriores. Continuo cheia de sentimentos que transbordam de mim. Continuo sem te procurar, numa espera eterna que sintas saudades, vontade de falar comigo. Mas bolas… Eu conheço-te. E, por mais que o odeie, eu consigo aperceber-me pelas tuas atitudes que tu não precisas de mim. Que, apesar de teres dito que não sabes o que sentes, o teu amor por mim já acabou. E, a sério, não faz mal. Dizem que o tempo tudo apaga, por isso que culpa tens tu se o tempo me levou? E foda-se, tenho tanta pena. Acredita, tu eras realmente incrível. Tu foste uma surpresa enorme e superaste todas as minhas expectativas. Eras muito mais do que aquilo que os outros falavam a teu respeito e, apesar do nosso tempo juntos ter sido cur

Sorrisos de Verão.

Sorrisos de Verão? Sinceramente, desde as férias que não sei o que é sorrir a sério, sorrir com vontade, daqueles que deixam os nossos olhos brilhantes. Quando o verão acabou era tudo um grande drama. O rapaz por quem estava apaixonada ia estudar para longe. Não sabia o que ele sentia por mim. Mas, ao mesmo tempo, estava eufórica. Ao pé dele, tudo o que fazia era rir. Por volta da altura das férias de Natal, tudo o que sabia era o sentimento de ser trocada. De não ser suficiente. Sabem, certo? É aquele género de mágoa que dificilmente nos larga, que aparece em todos os momentos para nos proibir de seguir em frente. É um lembrete constante de que o amor pode ser uma desilusão. E acho que me agarrei a esse sentimento de tal maneira, que o uso como desculpa para nem sequer tentar. O amor assusta-me. Há tantos ses, tantos mas, tantas complicações. E eu continuo magoada. É um género de mágoa acumulativa que vai crescendo a cada nova desilusão. É uma soma interminável. E, acreditem, não