Não sei o que escrever mas, no entanto, quero
tanto escrever sobre ti. Quero explicar ao mundo a sensação de coração cheio que
me dás. Durante tanto tempo, nunca conheci um amor tão evidente como o que tu
sentes por mim. No meu íntimo sempre duvidei, sempre desconfiei. Mas tu
fazes-me sentir segura. Sou tua e eu sei-o. E, bolas, como quero poder dizer
que é o destino. Que tu estás traçado a ser meu. Quero acreditar que a distância
e o tempo nunca nos vão apagar. Quero criar mais e mais memórias contigo. Seis
meses não me chegam. Os cinco anos que já te tive do meu lado, como melhor
amigo, não me chegam. De ti, vou querer sempre mais. E só me pergunto a mim
mesma como não te vi antes. Olhava-te, mas não te via. Como? Como é que estive
tanto tempo a perder um amor assim? Como é que durante tanto tempo, nem um
beijo te roubei? Estiveste sempre lá, sempre à minha frente. Sempre o primeiro
a curar os meus corações partidos, quando tu o fazes sentir tão completo. Sinceramente,
nem sei porque não te queria. Não sei porque rejeitava todas as tuas tentativas.
Porque, no fundo, eu sabia que um dia ia acontecer. Que era inevitável. Eu via
em ti o tipo de homem com que eu sonhava, com que eu queria ficar. Só queria
que fosse muito mais tarde, numa altura em que já nada nos pudesse separar. E
agora, aqui estou. A morrer de amores por ti, completamente apaixonada. Num
ponto em que se te perco, perco tudo, o meu namorado e o meu melhor amigo. Isso
apavora-me. Por favor, não deixes isso acontecer. Não deixes que o meu mau
feitio nos separe. Ou não nos separes tu, com as tuas ambições. Eu quero-te.
Quero ser como aquele casal de melhores amigos que conheceste. Quero um futuro
contigo. Quero acordar-te com um beijo, mesmo que vás babar-te todas as noites.
Quero dormir contigo, mesmo que ressones como um trovão. Quero beijar-te sem
fim, mesmo quando te deixo sem ar. Quero abraçar-te, mesmo quando me chamas de
cola. Quero brincar com os teus caracóis, mesmo que te deixe despenteado. Só
quero que me deixes ser tua, todo o tempo do mundo.
Qu ando te pergunto porque é que tudo está diferente, tu respondes: “porque mudámos”. Mas eu não quero uma mudança, apenas quero tudo como antigamente. Quero poder desabafar e obter como resposta algo que eu já esperava que dissesses, quero que me compreendas como antes compreendias, quero ficar feliz quando falo contigo, sei lá, quero tanto. “És a melhor das melhores!”, lembraste? Disseste-mo há uns meses atrás e não o voltaste a dizer. Oh, mas eu quero que digas, quero que mo relembres todos os dias. Já reparaste no mesmo que eu? A nossa amizade já não é tão forte como antes, deixou de ser impossível de destruir. Agora é algo fraco, algo que se pode desmoronar apenas com o vento. Ultimamente escondes-me tantas coisas… É normal ser a última a saber algo que me devias ter contado logo de inicio? E, porque é que já não te lamentas? Gosto de te ouvir, gosto de te dar conselhos. Sei que não estás bem, mas não me falas nisso. Ouve, lá porque a tua nova amiga tam...
espero que sejas muito feliz
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